terça-feira, 11 de agosto de 2009

PRISIONEIROS EM AMOR

(Fl 1:9) “... sendo eu tal como sou, Paulo o velho, e também agora prisioneiro de Jesus Cristo”.

As aflições da vida não podem impedir a obra na vida de um homem quando este se encontra no centro da vontade de Deus. Muitas foram às amargas provações que se deparou o apostolo Paulo no seu ministério entre os gentios. Algumas delas quase custaram sua própria vida; entre os açoites, naufrágios, fome, nudez, calúnias e as perseguições, algo corriqueiro na vida deste homem de Deus também eram as prisões. As prisões faziam parte de suas batalhas espirituais, fazia parte de seu martírio, era parte de sua jornada com o Senhor Jesus, pois desta lista de provações experimentadas por este homem, ainda que seja difícil para muitos compreender mais ele gloriava-se em suas perseguições (2Co 12:10). “Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” As prisões eram um instrumento de oposição no mundo espiritual para obstruir o ministério de Paulo. Mas, o manancial de vida que havia neste homem jorrava de tal maneira que as barreiras e comportas de oposição em sua caminhada eram quebradas; aquelas armas satânicas não podiam deter a fonte de água viva que Deus havia proporcionado ao seu Servo.
A igreja dos Colossenses
também possuía um caráter de prisioneira, pois se encontrava confinada em suas casas, não havia local público para os cristãos, suas reuniões e cultos ao Senhor eram realizadas nas casas; e uma destas casas mencionadas é a casa dos irmãos Arquipo e Afia um casal de cristãos que disponibilizaram seu lar para a comunhão dos santos daquela localidade. (Fl 1:2) “e à nossa amada Afia, e a Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua casa” Entendemos, portanto, que não somente aos obreiros, aos apóstolos, mas, toda a igreja encontrava-se nesta condição: Condição de prisioneiros. Ah! se os cristãos nos dias de hoje tivessem a honra de serem prisioneiros por causa do evangelho; se passassem realmente por aquelas provações que estes irmãos passaram, talvez saberiam distinguir o verdadeiro significado da palavra “provação”, palavra que se encontra tão banalizada nos dias de hoje por conta de um evangelho barato que não traduz a realidade das Escrituras. Que possamos aprender e reter este espírito que havia nos irmãos de Colosso que as limitações impostas por Roma, as perseguições, não possa nos impedir de adorar ao nosso Senhor. Disponibilizar nosso lar para a igreja e obra de Deus não é uma tarefa nada fácil, pois a sua liberdade estará indubitavelmente comprometida, não haverá descanso para o seu corpo, nem para a sua mente. O seu lar não estará sendo um cantinho privado somente seu, agora ele é coletivo; pertencente a igreja do Senhor, lugar de comunhão e de propagar a vida, lugar de gerar filhos na fé. ( Fl 1:10) “Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões”. Naquelas casas certamente não havia conforto, mas havia o profundo temor a Deus, havia o encargo, o compromisso mútuo de propagar o Evangelho àquelas nações. Quem se dispõe para a obra do Senhor não deve almejar conforto, antes deve ter plena convicção de que seu labutar será sacrificante e cheio de empecilhos. Isto demonstra a realidade da obra cristã: Cheia de oposição, de adversidades, sim, a Obra de Deus é antagônica a vontade do mundo, é antagônica ao conforto oferecido pelo mundo, pois esta se opõe ao mundo; como é comum nos dias de hoje aos renomados pregadores da Palavra de Deus aqui no Brasil, na sua maioria se faz tantas exigências para atender um convite tais como: passagens aéreas, hotéis Cinco estrelas, carros luxuosos para lhes buscarem, “lugar de honra” entre os ministros, marketing pessoal, ofertas mirabolantes longe da realidade econômica dos irmãos da localidade. Tudo isso se transformou num “Show da fé”. A fé cristã não pode está baseada em um Show, esta deve ser pura, alva, cristalina, deve manter-se confinada nos padrões bíblicos da caridade, da misericórdia, da piedade e do amor mútuo entre irmãos. Como é triste perceber que os cristãos nos dias de hoje não são mais prisioneiros por amor a Cristo, não são mais prisioneiros dos padrões das Sagradas Escrituras, não são mais “Prisioneiros em Amor”.
Prisioneiros em amor não são aqueles realizam muitas obras em nome de Deus, são aqueles que as realiza na perfeita vontade de Deus, são aqueles que não se intrometem com coisas vãs, são aqueles que se ocupam apenas com que Deus lhe outorgou (Sl 131:1) “Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos; não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim”; são aqueles que não se importam com sua própria vanglória, e apenas com Glória de Deus; prisioneiros em amor são aqueles que suas vidas são como um jardim fechado, regado e cuidado pelo Espírito de Deus (Cantares 4:12) “Jardim fechado é minha irmã, minha noiva, sim, jardim fechado, fonte selada.” E seus pés trilham apenas os caminhos determinados pelo seu Senhor.

À Ele seja a honra, a Glória e Louvor pelos Século dos séculos!!!

Mensagem ministrada dia 29 de Julho na AD Jd Brasil, R.Agreste Potiguar,272 Guaianases.

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